Quem nunca se decepcionou?!
Nesse longo caminho que chamamos de vida existem alguns pontos de parada que são praticamente obrigatórios e um deles, sem dúvida, é a decepção.
A decepção pode ser entendida como a frustração de uma expectativa... É quando confiamos demais em alguém, ou em alguma circunstância, e acabamos depositando expectativas sobre essa relação, até que, por alguma razão, nos damos conta de que estávamos errados.
Damo-nos conta de que as pessoas que nos cercam não são exatamente do modo que pensávamos... Percebemos que alguns projetos não vão nos levar aos resultados esperados.
E eu me pergunto: por que é tão comum nos decepcionarmos?
A frequência com a qual nos decepcionamos tem uma relação direta com um erro de projeto no processo de construção da nossa felicidade!
Não precisamos ser engenheiros ou arquitetos para saber que uma boa construção precisa de um bom alicerce. De nada adianta gastar fortunas em uma linda decoração se a base de nossa construção for instável! Podemos construir um belo castelo, mas se o construirmos sobre a areia é uma questão de tempo para que ele desmorone.
Bastará um vento forte, ou uma tempestade, e todo o investimento feito ruirá em alguns minutos!
Assim como castelos construídos na areia são um risco iminente de desmoronamento, a felicidade construída sobre pessoas e circunstâncias constitui um risco iminente de decepção.
Quando nos decepcionamos culpamos os outros pelas nossas frustrações, mas, na verdade, o erro é nosso, porque nós é que escolhemos mal o alicerce de nossa construção.
Nada é tão difícil nessa vida quanto aprender a lidar com as fraquezas humanas. Somos fracos, somos falhos e todos nós erramos... E isso significa que somos instáveis. Por isso, erramos muito quando depositamos em pessoas e circunstâncias nossas expectativas!
Desculpe-me, mas por mais que amemos os nossos amigos e familiares, eles não podem ser o alicerce de nossas vidas. É pesado demais, para qualquer um de nós, ser o referencial de felicidade de outra pessoa.
Podemos estar cheios de boas intenções, mas ainda assim podemos falhar e, quem sabe, decepcionar alguém que amamos muito. Do mesmo modo, pessoas que amamos podem nos decepcionar, não necessariamente porque querem, mas simplesmente porque são imperfeitas e instáveis. Por isso, quando a decepção bater a porta, não culpe ninguém: perdoe!
Como disse, o alicerce escolhido para a construção de nossa felicidade precisa ser firme, imutável, inabalável, intangível. Logo, só existe um fundamento seguro para nossas construções: DEUS!
O Rei Davi declara “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus” (Salmos 20:7). Em outras palavras: carros e cavalos não são confiáveis, por isso, confie somente em Deus!
Isso não significa que não vou me relacionar com os meus amigos, ou que não amarei minha família. De jeito nenhum! Nenhum de nós pode sobreviver isolado, afinal, foi o próprio Deus que disse: “não é bom que o homem esteja só”.
Precisamos amar e ser amados. Precisamos de abraços e de boas risadas. Não posso e não devo me isolar do mundo. Mas posso e devo entender que o lugar de Deus em minha vida é exclusivo e que só Ele pode ser o meu firme alicerce.
Ao fazer isso, me torno mais misericordiosa. Pois posso olhar nos olhos das pessoas e entender que por mais que eu as ame e as admire, elas podem falhar, tanto quanto eu.
Você não construiria um castelo sobre a areia, certo? Então por que insistir em colocar nossas expectativas sobre as pessoas...?
Precisamos escolher melhor o alicerce de nossa felicidade, e eu escolho Deus!
Quando escolhemos Deus, podemos ser inabaláveis e incansáveis, afinal “Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” (Salmos 125:1) e “os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Isaías 40:31).
Você não precisa de um castelo na areia! Você precisa de uma casa sobre a Rocha. Por isso, deixe Deus ser o fundamento da sua vida. Só Ele é firme o suficiente para não te decepcionar.
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